Equilíbrio e dietas milagrosas



Bem, polêmicas à parte, nada melhor do que falar daquilo que se tem conhecimento de causa. Dietas.

Já fiz muitas. Inúmeras. Por exemplo, fiz a Dieta da Abobrinha, muito simples e não muito eficaz. Funciona da seguinte forma: come-se de tudo, menos abobrinha. A dos líquidos, certamente a melhor de todas, também nada complicada, e consiste em somente beber por determinado período. Eu fiquei uma semana só tomando cerveja e não lembro se emagreci ou não. Fiz também a da gordura, excelente de se fazer, e consiste basicamente em comer gordura animal, bacon, picanha, essas coisas. Engordei. Mesmo assim, andei pensando em fazer ela novamente, associada com a dos líquidos, algo como cerveja e carne gorda já, mas desisti por um motivo bastante singelo.

Coisas inconstantes. Esse é o problema, a falta de sequência. Devo parecer um nutricionista - por sinal, notaram como a maioria delas são gordinhas? - falando, mas o 'x' da questão está aí. Esse negócio de diferentes dietas, mudança radical no tipo de alimentos, diferentes associações, é claro que não daria certo.

E vou mais longe (de carro, claro): isso serve para muitas coisas e não só dietas. Exemplos? Pois não. Gentileza. Claro que é importante um ato dessa natureza. Mas de pouco adianta o sujeito ser gentil na rua e um estúpido em casa.

Tenho que parar com essas coisa de exemplo. Quer um? Pois todos os que foram dados aqui são completamente desnecessários para o que quero dizer, que é "precisamos ser mais constantes". Precisamos começar as coisas e terminá-las. Precisamos ser gentis com quem amamos e com todos os outros, inclusive aquele desgraçado filho de uma égua que corta a frente no trânsito, ou o imbecil com jeito de mafioso que fura a fila ou ainda aquela escória que liga o som - sempre em uma música horrorosa - a um volume suficiente para que não haja um surdo sequer. Temos que parar de nos 'apartar'. Somos farinha do mesmo saco no mesmo saco. Queiramos ou não, só temos aqui mesmo para vivermos e irmos levando. Então, sejamos plenos, cavalheiros, educados, até que um dia os bobalhões se deem conta e tornem-se gentis também. Isso seria ótimo e realmente creio que depende de serenidade e constância.

Voltando às dietas, resolvi fazer uma permanente. Para sempre. Constantemente. Para servir de exemplo para mim mesmo. Será o primeiro passo de uma longa caminhada. A redenção. A forma de eu mostrar que serei um eterno gentil.

Claro, como não sou de ferro e nem bobo, só vou dar um tempo nas horas das refeições. Fora esses minutinhos, dieta para sempre.

Poxa, sou perseverante mesmo.

Mas é assim que acontece em tudo: somos sempre gentil, exceto nas horas que perdemos as estribeiras.

Eu, pelo menos, estou de dieta eterna.

13 comentários:

Letícia disse...

Beto,

Você é comediante. =)

Eu dou risadas com seus textos porque dizem umas coisas que são tão óbvias, mas acontece que não vejo o óbvio. Essa dos nutricionistas. Conheço muitos e a maioria é tudo gordo. Vai saber o motivo. E as dietas que você fez são ótimas. Vou seguí-las.

Mas você trata de um assunto e segue para outro sem fugir da linha. Isso é muito bom. Dieta e gentileza e um pouco de ironia talvez me ajudem a emagrecer.

Bjs.

Luiz Calcagno disse...

Acho que a Terra deve ser o saco de farinha, né? E o mais difícil não é nem o imbecil do trânsito. Vai ser gentiu e amoroso, de coração, com o seu chefe. Concordo mais uma vez com você. Acho que as artérias da nossa mente já estã entupidas, e estamos prestes a sofrer um AVM - Acidente Vascular Moral. Grande abraço lá da Casa...

Luiz Calcagno disse...

PS: lê-se gentil.

Denise Ravizzoni disse...

E há os que fazem dieta de carinho, de afeto, de cumplicidade, entre outras coisas não menos importantes. Para estes, o que emagrece é a alma.

Anônimo disse...

hahahahaha

beto, tu me sai melhor que encomenda sempre tchê.

hahahahaha

acho que essa coisa chamada dieta é mesmo ampla, complexa e trás insônia, hahahaha.

sorte e luz.

Felipe Lima disse...

Tô na fase da fome de tudo que é bom.

Felipe Lima disse...

E sim, a Jill Scott é muito interessante. O videoclipe é meio piegas, mas vale pelo conjunto da obra.

Lais Castro disse...

Olá, muito bom o seu texto. Me fez rir! Até porque decidi ir a uma médica ortomolecular e esta me passou uma dieta - não para emagrecer, que ja sou magra por natureza e também porque procuro comer uma alimentação mais saudável - mas para... digamos... fazer uma reeducação alimentar. Pois não é que eu perdi três quilos! Agora estou aqui tentando recuperá-los freneticamente e... nada! Mas tneho fé!
Um abraço.

Letícia disse...

Hey,

Nada de culpa. A burra sou eu. E culpa é uma roupa que não cabe em você. Coloquei agradecimento pra vc nos comments.

Very fond of you. =)

Éverton Vidal disse...

Dieta é assunto que não me compete rs. Gostei do texto, ri demais.

Falei sobre você no Re-novidade. Abraço.

Biba disse...

Oi Beto. Hoje vou lhe contar: tenho 1m59cm e, até o ano 2002, eu era anoréxica (mas não sabia), pesava 47kg. Só beliscava e comia muito doce, à vontade. Daí, por causa de uma crise depressiva, engordei 23 kg, devido a um medicamento. Me sentia um balão. Aí, o médico, bem querido, retirou o remédio e trocou por outro. Em uma semana perdi 8kg!!! Estava verdadeiramente inflada! Daí comecei a emagrecer mas não voltei a ser anoréxica, agora peso 55kg como peso normal e, no momento, estou um pouquinho acima, 58 porque não paro de comer chocolate!
Sei que se eu quiser, volto logo aos 55kg, recomendados pelo médico. Mas, por enquanto vou comendo meu chocolatinho! Enfim, fiz dieta nesse período e sei o quanto é difícil. Delicadeza, gentileza, então...
Beijo,
Biba

Luiz Gonzaga B. Jr. disse...

Não há dieta que resista a uma fuga rumo a geladeira de madrugada; não há dieta que resista a um chingamento no transito, a um evangélico, a um fanático futebolista, a cerveja, ao inferno.

laura disse...

rsssss
da última vez q falei com uma nutri ela disse: terapia. dieta se complementa com terapia. Vai saber...
Abraço