Murici, pastora mulher do Kaká, professores e um ET!


Tem cheiro de coisa ruim no ar. Algo vai acontecer e nem precisa ser profeta, adivinho ou ter bola de cristal para notar isso. Basta ver as evidências.
Não tenho nada contra o Murici Ramalho. Exceto por ele ser chato, mal-educado, feio, teimoso e uma daquelas pessoas que não farão falta, sinceramente não tenho nada que desabone. Em sua profissão, técnico de futebol, é, sem dúvida, um dos melhores do Brasil e gostaria de vê-lo treinando meu time (que por sinal, não tem nenhum competente faz anos). Bem, mas não quero tratar de futebol, então vamos lá. Pois algum tempo atrás, Murici foi demitido do São Paulo. Desempregado por cerca de dez dias, começa uma negociação com o Santos e faz o pedido salarial: 700. Recebe um contra proposta de 400 e recusa.
Esta história, repetida a exaustão pelas mídias esportivas, contada assim a um ET seria razoável. Chego a imaginar a conversa:
- E quanto ganha um professor? - perguntaria o homenzinho verde.
- Na maioria dos estados cerca de 500.
- É, o técnico faz bem em recusar os 400.
E voltaria para seu planeta convicto de que há justiça em nosso mundo e, neste caso específico, em nosso querido Brasil.
Agora imagino qual seria a reação se ele soubesse que os números do técnico deveriam ser multiplicados por mil. Isso mesmo, três zeros depois. Algo como afirmar que a cada 30 minutos ele perceberia o salário de um professor. Ou seja, o sujeito está no banheiro e, se levar um jornal, ganharia o equivalente ao mestre depois de 30 dias enfrentando crianças analfabetas pela frente. Isso não está errado? Não há uma clara e enorme deformidade de valores aí? Certamente nosso impávido ET clamaria com todos os seus 5 pulmões:
- MEU DEUS! Ou algo como o deus de vocês, terráqueos! - Diria ele acreditando que a saída mais "fácil" não seria telúrica. Mas, sinceramente, aí a coisa fica feia, mais ainda, principalmente se levarmos em conta a pastora - de acordo com ela própria e sua religião, verdadeira representante divina - esposa do Kaká.
Bem, novamente, não tenho nada contra uma religião específica. Tenho contra todas. Então, o que vou falar serve, a meu ver, para qualquer uma delas. Ocorre que a pastora mulher do kaká, de microfone em punho e aos gritos, depois de defender a virgindade, (ao lado na pastora que foi presa nos Estados Unidos algum tempo atrás), disse que com essa crise mundial e escasses de verbas, quem arrumou dinheiro para o Real Madrid contratar o seu marido foi deus. Ele mesmo, deus. O cara que fica lá no trono de nuvens, cercado de anjinhos alados tocando harpa. Neste momento, nosso ansioso extra-terrestre entenderia:
- Claro, agora eu compreendo. Certamente não há fome, guerra, nem pandemias, muito menos corrupção e problemas sociais. Está tudo ótimo, perfeito. Com todos tão felizes e por falta de utilidade, até deus pode curtir um futebolzinho, e torce pro Real Madrid. Pôxa, que legal. - E voltaria para seu planeta convicto que sua civilização tem muito a aprender.
Na verdade, talvez a pastora mulher do Kaká tenha. Ou o técnico. Ou os professores. Ou nós, todos nós!
Diabos! Bem que deus podia pagar os 700 do Murici para ele vir para o Inter. E talvez fosse possível fazer uma promoção: professor não paga.
Eles poderiam ficar atrás das goleiras. Seria tão legal!
Uma bênção!

7 comentários:

Ricardo Valente disse...

É um disparate grande mesmo. São estrelas (profissionais do futebol), que merecem ser bem pagas, mas esses valores, convenhamos...
Da mulher do Kaká, como pastora deve ter quorum. Desejo que ela seja estuprada em praça pública, por uma fila de fiéis, orando "Oh, meus Deus! Oh, meu Deus!..." Quem sabe da carne, nasça o sentido da vida.
Bêrro, Beto!

Leandro Noronha da Fonseca disse...

Olha, cara, não sou ateu. Mas que não gosto de religião, isso eu não gosto. E o Murici é um puta treinador. Mas acho que os treinadores da vida, os professores, deveriam ser muito mais valorizados.
Beto, meu novo blogue! Agradeço se der uma passada lá, comentar, divulgar, e etc! http://fonsecale.blogspot.com/

Anônimo disse...

excelente

fab disse...

ET, casa, pelamordedeus!

fab disse...

Ah, e sobre religião: Odeio todas. Menos aquela em que os caras trocam camelos por mulheres.

Letícia disse...

Por esses motivos gostei do filme O Dia em a Terra Parou. =)

E a Maitê? O que diria, Beto?

E se cuida, Sr. Editor.

Sueli Maia (Mai) disse...

Eita!

E o Kaká é fiel a quem? A qual camisa? Qual time? Qual é a religião? Dólares e dolores...
Ele jurou que amava qual time, mesmo? Milionários contratos?

Você é Flórida!

Beijos,