Ué? Mais um?

É difícil lembrar com detalhes coisas que ocorreram tantos anos atrás, mas recordo de tudo. Estava com meu bodoque, feito de uma forquilha de pitangueira e borracha de câmera de caminhão, bem grossa, sem nenhum risco no cabo. Todos, sempre que matavam algum animal, faziam um traço com canivete na madeira crua. O meu estava liso.

A mata era fechada e muito verde, principalmente na época da primavera. Era um lugar permitido, pois ficava perto de onde morávamos. Cheguei lá disposto a terminar com minha inferioridade. Haveria de usar o canivete muito afiado, que levava nas meias para qualquer eventualidade. Sabe-se lá, havia muitos inimigos, eu é que nunca encontrei nenhum - sorte deles.

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4 comentários:

Ricardo Valente disse...

Fiquei emocionado com tudo. No sofrimento e no outro extremo a visão é diferente.
Bom final. Ainda tens muita memória para escrever e vivência para curtir e compartilhar conosco. Continuar...
Forte abraço!

Sueli Maia (Mai) disse...

Memória e uma escrita perfeita.
como dizes - "legal!".

Bom domingo.
Abraços,

Biba disse...

Beto, legal. E você entende o que eu quero dizer. Aliás, muito legal.

Beijo,
Carpe Diem!!

Letícia disse...

Hoje não vou dizer legal. Eu nunca digo legal... nada contra, mas devo dizer que, texto seu sem conflito, essência humana e lição de moral, não é texto seu. Adorei, Beto.

E ainda é dia dos pais. Feliz do teu filho que tem você.

Bjo. =)