Uma das muitas bobagens que sempre digo, ou dizia, é que eu escrevo sobre qualquer coisa. Afirmava e imediatamente minha mente começava a se preparar para um desafio. Alguém vai dizer: - Ah é? Então fale sobre abacates! - Eu já tinha (e tenho) uns duzentos textos sobre esta fruta. Abacates assassinos!, O Verde da esperança de um abacate!, Abacate em árvores menores já! e assim por diante. Mas, o mundo é cruel, e ninguém foi tão estúpido quanto eu para propor algo assim e agora tenho, ocupando algum espaço em um lugar já pequeno, todas essas histórias inúteis. Imagino se tivesse acontecido esse devaneio: eu sorriria, (com um lado só da boca), e, para humilhar, perguntaria: - prosa? ação, romance, aventura? Poesia? Lírica, social, existencial? Escolha, qualquer coisa menos receita. - Era ouvir a escolha e ploft, saborear o doce sabor da vitória.
Mas não foi assim que aconteceu. Além de ninguém aceitar ou propor qualquer desafio ridículo assim, pelo menos não levei nenhuma xingada por isso, apesar de merecer. Quanta bobagem! Dia desses li a definição para as pessoas mais curta e séria que existe: homem é bobo e mulher é chata. Isso está corretíssimo mas eu entrei na fila duas vezes. E, além de duplamente bobo, sou pretensioso. Como poderia escrever sobre qualquer coisa? Como escrever o que não sei? Ou seja, não consigo sobre a maioria das coisas. Meu limite é o meu conhecimento. Claro que a ficção me permite uns avanços, mas daquilo que não sei não posso, e não devo, falar. Posso criar um mundo qualquer mas, a partir daí, eu o saberei, já que seria minha criação. Então, a ficção é sobre o que conheço, também. Pronto. "Me desmascarei".
Enfim, se precisarem de textos sobre abacates contem comigo. Já provaram com sal? Fica ótimo.
Resumo: abacate é verde, homem bobo e mulher chata! (Será que um homem chato vira veado? e uma mulher boba lésbica?)
2 comentários:
E eu diria mais:não delimitem o tamanho do texto!!!! Quem já leu algumas coisas tuas percebe que o "espaço" te é necessário, pois as idéias parecem concebidas já com introdução, o que ajuda o leitor a ficar curioso e seguir querendo saber o que está por vir...
Angela
Ps: O poder da palavra: me deu uma vontade de comer abacate...
Não entendi nada!
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