Risos

Assim como tenho facilidade em chorar, tenho também para rir. Choro fácil - como digo, até em comercial de creme dental - e rio mais fácil ainda, desde tombo em casca de banana até em coisas politicamente incorretas, como alguém gaguejando muito. Mas, o que enfim é engraçado? Não questiono para pessoas sem "desconfiômetro" como eu, mas para uma pessoa, digamos, normal? Razoável? Já postei aqui mesmo uma placa que dizia que "O bar do Fritz não está aberto por que está fechado". Isso pro meu senso de humor e compreensão (ou descompreensão) do mundo foi uma das coisas mais engraçadas que li na vida. Das que ouvi, é uma piadinha de humor negro que circulou logo depois de surgir o maníaco do parque, onde o cara ia entrando em uma mata junto a uma mulher que diz:

- Estou com medo! - e ele responde:

- Imagina eu então que vou voltar sozinho.

Bem, admito que talvez não seja muito engraçado mas, sabe-se lá a razão, cada vez que escuto ou lembro isso dou muitas risadas. Pois dia destes aconteceu algo que me fez rir muito também. Estávamos trocando idéias pelo MSN e uma amiga, inclusive leitora deste humilde e nada engraçado blog, falava da família. Começou a contar das meninas, três, dos meninos, dois e aí eu interrompi: "Nossa, que família grande!" Ela continuou dizendo que grande mesmo se contasse os ex-maridos. Os 1, 2, 3, 4 e - o atual - 5, mas que logo logo viria o sexto, provavelmente o Google, de tantos blogs que ela tem. Eu comecei a rir e não parei mais. Na hora em que ela contou que conhecia o sul com o 2 - fora algum engano - eu quase desabei. Numerar maridos. Nunca tinha imaginado isso. Não disse, mas os filhos poderiam ser assim: primeiro filho com o marido quatro: 4.1, ou segundo do marido dois: 2.2. É estranho e engraçado. Cheguei a ficar com dos no abdomen de tanto rir.
Outra situação que achei muito risível foi de outra amiga, vegetariana (e das chatas - como ela mesma se definiu), na historinha contada pelo seu companheiro, carnívoro (como qualquer pessoa de bom gosto- hehe). Diz ele que certo dia resolveu comprar um bifinho, daqueles que vem em uma bandeja, cheio de plástico e papeizinhos secantes, sem cheiros, sem nada, pequenino, mais parecendo um carpaccio solitário, e colocou escondidinho atrás de uns pés de rúcula. Pois chega a destemida devoradora da flora mundial e solta um verdadeiro urro:

- Tem um cadáver na nossa geladeira....

Ri muito disso. Por dias. Na verdade, sempre digo que também sou um vegetariano, só que como as coitadinhas das plantinhas processadas. Pelo boi. Talvez por isso tenha achado tão engraçado.

Bem, mas isso tudo para tentar especular: por que rimos? Por que coisas por vezes até desagradáveis para muitos são engraçadas para poucos? O que acontece?

Não sei e gostaria de saber. Porque rir é o melhor remédio. Li isso anos e anos atrás e nunca tinha repetido. Mas acredito mesmo: rir é o melhor remédio, contra crise, desilusão, estresse, chatos, políticos, contra tudo, enfim.

Por sinal, acho que fui o único a achar bom o sapato do iraqueano não ter acertado o Bush. Se tivesse acontecido isso, teria sido uma agressão a um chefe de estado. Agressão física, mesmo contra um biltre como ele não é engraçado. Mas vê-lo levantando com aquela expressão de energúmeno foi impagável.
Enquanto eu não descobrir a causa do riso, o melhor é seguir rindo. Talvez seja melhor nem saber. E como rir é o melhor remédio, estou remediado.
"Não está aberto por que está fechado"

Hahahahahahaha...




10 comentários:

Cami disse...

Beto!
Rir é o melhor remédio para tudo. E acredito que, conviver com você seja muito divertido, você deve animar quem te rodeia com sua sucessão de gargalhadas e sorrisos.
Eu sou uma palhaça que estou sempre fazendo micagem, ou dando a corda pra se enforcarem, ou entrando na palhaçada dos outros, e de uma chatice aturando tudo com com humor.
POis, se não se é assim ficamos como aqueles enjoados, egocêntricos que levam a vida a sério demais, que se levam a sério demais e, quando perceberam, estão com a cara cheia de rugas, além da de sempre: a MARAVILHOSA CARA DE CÚ.

Ria Beto, que fortalece os músculo, alimenta a alma, e contagia as pessoas.

Adorei teu post. Fiquei super alegre aqui com a energia das tuas palavras.

Pra finalizar: aqui no Sul, minha familia é de origem italiana e, de costume, todo italiano blasfema. Meu pai é caminhoneiro e, um dia, na Bahia, um bahiano pergunta:
- Oxente gaúcho, o que é aquilo que vocêis do sul vivem dizendo: "CROCODIO"??
Meu pai se deita de tanto rir. Quase perde o folêgo de tanta gargalhada.

O CROCODIO do bahiano quer dizer o PORCO DIO do italiano, ou seja, ofender Deus de porco.
rsrsrsrrsrssrs

Bjão, Beto!

Letícia disse...

Pode acreditar. Eu ri com a história do maníaco voltando sozinho. Tenho uma estranha tendência a rir de coisas que parecem sérias. Sempre fui assim. E tem pessoas que me causam riso. O Leandro, um amigo com quem converso muita asneira, fala um A e já estou rindo. Tem gente que me faz rir com facilidade extrema. E acho mesmo que rir é remédio. Porque chorar de nada serve. Já chorei tanto que meu olho secou, eu acho. E ainda assisto filmes que ninguém gosta. Comédias antigas como "Um espírito baixou em mim". E fico sozinha rindo feito louca. E adoro aquele seriado ridículo, Scrubs. Pode acreditar. Aquilo me faz rir. E novelas também. Não suporto novelas, mas morro de rir quando vejo uma cena. É tudo muito México. E ri ao ler seu post, Beto. Ri um bocado.

Bjs.

Luiz Calcagno disse...

É.. Realmente... Rir é muito bom. As vezes ficou ouvindo as definições dos outros, essas sobre relacionamentos, que geralmente fazemos como promessa para não se envolver com um tipo de pessoa ou fazr um tipo de coisa e só nos compromete mais... Morro de rir dessas. Se desse, acho que teria crises de riso homéricas todos os dias. E essa aí da Cami também é engraçada. Hahahahahha... Abraços

Anônimo disse...

hahahahahahahahahahahahahahahahahahaha

hahahahahahahahahaha


sorte e luz.

Silvares disse...

Eu que não sei contar histórias engraçadas gosto de ouvi-las contadas por outros. Há algumas pessoas com "aquele" jeito de contar anedotas que me fazem chorar a rir só de imaginar que elas vão começar contando. Quando o riso se solta em gargalhada temos o dia resolvido.
:-)
Boas risadas.

Anônimo disse...

Nada melhor do que um post leve, solto e risonho.
Quem não precisa ler um post assim, nestas alturas do ano?
Hoje mesmo, no jantar, comentava com o Sergio sobre pessoas que levam a vida a sério, se orgulham de não ter falhado nenhum dia no trabalho, há trinta anos, estão com a aposentadoria garantida, etc, etc.
Tá, não se tira o mérito, tudo bem. Mas aguentar essas mesmas pessoas te contando SEMPRE a mesma coisa, e te olhando esquisito, como que dizendo: e você, tem um emprego garantido? Está com o INSS pago em dia? Vai se aposentar ganhando bem como eu?
Ah, não, tchê, a minha gastrite berra na hora.
Rir é fundamental, para se viver de bem com o fígado e o estômago.
Uma boa gargalhada é tudo o que precisamos, uma vez ao dia. O resto a gente vê se resolve depois.
Obrigada pela descontração desse texto.
Abraços

Luiz Gonzaga B. Jr. disse...

kkkk

Anônimo disse...

hihi haha hehe, muitos risos para você, escritor! Abração!

Felipe Lima disse...

eu também achei ótimo que o sapato não tenha acertado o sr. w. me lembrei de algumas coisas engraçadas lendo seu texto, beto. abraço.

Unknown disse...

Como eu já expliquei, é melhor numerar maridos do que citar nomes, senão as pessoas perguntam: "Esse é QUAL?", então eu já falo logo o número pra facilitar pra elas, mesmo porque a maioria das pessoas têm problemas com números...